quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Jovens empreendedores movimentam a economia brasileira

Sair da faculdade já com uma empresa criada ou muito próximo disso. De acordo com o Sebrae, essa é a realidade de aproximadamente 700 mil jovens brasileiros. Segundo o estudo, em dez anos, o número de jovens empreendedores que estão na universidade dobrou


O ex-estudante de jornalismo da Universidade Federal de Juiz de Fora Felipe Gazolla é um dos jovens empreendedores juiz-foranos que se enquadram dentro dessa estatística.

"Ainda no terceiro período da faculdade, abri a Ato Interativo, minha primeira empresa, focada em comunicação digital. Naquela época, eu já trabalhava como freelancer em criação de sites e resolvi criar meu próprio negócio para poder oferecer os projetos para clientes maiores. Hoje, a Ato conta com 15 funcionários e atende a uma cartela aproximada de 50 clientes mensais."


Jornalista de veia empreendedora, ainda na faculdade, Felipe resolveu iniciar mais um projeto, dessa vez contando com a ajuda do Sebrae, do Wayra (aceleradora do Grupo Telefônica) e da Aceleradora (empresa de incentivo ao empreendedorismo no Brasil). 

"No meio desse caminho, surgiu o interesse em desenvolver um projeto novo, que pudesse agregar a minha experiência na Ato Interativo com a minha formação, e grande paixão, que é o jornalismo. Alguns anos depois, em 2011, nasceu o YouCa.st, uma agência de notícias colaborativas. Por meio de um aplicativo, o usuário pode fazer um registro, enviar para o Youca.st e, caso o material seja utilizado por algum veículo de comunicação, ele receberá pelo conteúdo enviado."

Com atuação também na área digital, a E-dialog surgiu como consequência de um trabalho de conclusão de curso do também jornalista Renan Caixeiro.

"Fazendo minha monografia, percebi que o mercado ainda era muito pouco desenvolvido nessa área. Como busquei e não encontrei boas possibilidades de trabalho, surgiu a ideia de abrir a minha própria empresa, já que eu tinha conhecimento daquilo".

Para Renan, a principal dificuldade na abertura de um novo negócio é o desconhecimento em áreas administrativas, que muitos estudantes acabam tendo. Ouça:


Para auxiliar os jovens empreendedores juiz-foranos, é possível buscar apoio no Centro Regional de Inovação e Transferência de Tecnologia (Critt), que há 18 anos trabalha no desenvolvimento de negócios inovadores na Zona da Mata Mineira. 

"O processo de incubação do Critt é aberto tanto para estudantes da UFJF quanto para a sociedade em geral. Para pleitear uma vaga na Incubadora, é necessário que a empresa  já esteja constituída. No entanto, caso seja necessário, o empreendedor pode passar também pelo setor de Pré-Incubação, que ajuda no passo a passo da formação do negócio", explica Socorro Rocha, responsável pela Incubadora de Base Tecnológica.

Diogo Fernandes, mestrando do curso de Engenharia Elétrica e sócio da SmartInove, empresa que pretende transmitir internet via energia elétrica, é um dos beneficiados pelos recursos federais.

"Recentemente, fomos aprovados em um edital do CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), que nos dá o direito de contratar dez bolsistas para a empresa. E quanto mais mão de obra trabalhando no projeto, mais rápida é a nossa entrada definitivamente no mercado".

Para Diogo, o aporte federal acaba sendo uma via de mão dupla. "Ao mesmo tempo que o governo injeta dinheiro em projetos, o retorno é dado com a abertura de novos empregos, com as vendas desses produtos ou serviços e com a aceleração da economia."

Veja como o auxílio do Critt está ajudando a SmartInove:

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